tag:blogger.com,1999:blog-626621287934039472024-02-02T18:00:06.999-05:00SENADINHOGleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.comBlogger55125tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-31493036460970276482011-05-26T22:22:00.000-05:002011-05-26T22:22:45.696-05:00Em ManutençãoSeguinte, prováveis e improváveis visitantes.<br />
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Não sei mexer com as configurações do blogger. Ou melhor, já fiz isso sozinha antes e este blog até que era bonitinho visualmente falando mas, fui tentar botar outras cores e tal e, sinceramente, demanda tempo. Produto raro nessa fase de vida.<br />
Desse modo, caro visitante, o blog está em manutenção mas, caso queira, entra, senta, fica à vontade. Fique nú. Dispa dos pré-conceitos.Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-2561652028563484302011-05-22T11:22:00.002-05:002011-05-25T01:27:04.637-05:00Sobre MangueirasJamais vi época de tamanha generosidade e fartura em Rio Branco, como a que vejo na época das mangas. As mangueiras , como se fossem grandes mães, estendem seus galhos carregados por cima de todos os muros. Transgridem o princípio da propriedade simplesmente para oferecer seus frutos aos que por elas passam.<br />
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Se a generosidade tiver uma cor, ela bem que poderia ser da cor das mangas espadas, calotinhas, manguitas, coração-de-boi e de tantas outras variedades.<br />
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Minha paixão pelas mangueiras nasceu da minha compaixão pela pobreza extrema de grande parte dos habitantes de Rio Branco. Na época desses frutos eles são, em muitos casos, os únicos alimentos diários de muita gente.<br />
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Um dia cheguei numa casa coberta apenas com palhas. Os móveis eram caixotes velhos e fazendo o papel de cama, havia uma velha espuma acomodada num canto daquela casa de chão batido. <br />
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Crianças havia de sobra naquela casa. Os olhos delirantes sonhavam com um bom prato de comida. Mesmo que fosse apenas farinha e água, já estaria de bom tamanho. Entretanto, nada havia ali que se pudesse comer.<br />
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A mãe, sentia pesarosa a situação mas conseguia dar aquele drible emocional que só as mães e outros amores sabem fazer. Toda "animada", ela dizia para as crianças pegarem as latas pois iriam até as mangueiras. “La está muito bom. Tem manga de todo tipo. Uma delícia"! dizia.<br />
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Aquela família era apenas uma das dezenas e dezenas de outras famílias em situação semelhante que viviam naquele local. Eu estava ali para entrevistar, mostrar como viviam aquelas pessoas.<br />
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Resolvi ir junto com eles para as tais mangueiras já que soube que por aquela hora haveria muita gente por lá.<br />
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As árvores estavam próximas dali, numa fazendinha que aos poucos ficou sendo sitiada pela cidade. Havia uma cerca de arame farpado. <br />
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Do lado de dentro, uma bucólica pastagem com gados e cavalos maltratados.<br />
Do lado de fora, como num quadro de Van Gogh, a luz e as cores das roupas e os tons das peles das pessoas refletindo a luz do Sol!<br />
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Tudo era risadaria, conversa e brincadeira de criançada. As bocas exibiam dentes cravejados de fiapos e as mãos eram um caldo só!<br />
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A razão daquela confraternização abençoada, eram as mangueiras. Aos borbotões e em plena fase de gestação e ovários. Afinal, cada manguinha daquela trazia consigo um caroço, destinado a perpetuar a espécie.<br />
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A mulher e as crianças foram logo catando as frutas. Comecei também a ajudar e depois de enchermos duas latas com lindas Espadas, nos sentamos para “almoçar”.<br />
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Quando a fome foi saciada a conversa fluiu melhor e fiquei sabendo que aquela terrinha pertencia a um colono que não queria estranhos dentro de sua propriedade mas também não se importava que pessoas fossem lá pegar mangas, “desde que elas estivessem do lado de fora da cerca”.<br />
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Fiquei ali, com uma manga nas mãos, observando a cena. Ali eu vi o poder da generosidade. As mangueiras e seus galhos que mais pareciam braços, se estendiam gentilmente por sobre a cerca e ofereciam seus frutos àqueles que tinham fome.<br />
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Na volta, passando pelas ruas de Rio Branco, não pude deixar de notar a quantidade enorme de mangueiras nos quintais das residências. Todas elas se debruçavam sobre os muros exibindo galhos lotados de mangas. Aquilo alimentou minha alma.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwBBjSiqBceJ_3sOq8eW_NGFSTs7FDEOhYMQmy3M0vezX89wsbgxw9esKs6UqrSjoU_g1WncFcpO03bY9BQKtB0t6O4Ae9en1qXXbf6AnqOvkVHE3Zy7MLgWzpl8orGSBhI-Jmn_4nSw/s1600/fartura-+sobre+mangueiras+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwBBjSiqBceJ_3sOq8eW_NGFSTs7FDEOhYMQmy3M0vezX89wsbgxw9esKs6UqrSjoU_g1WncFcpO03bY9BQKtB0t6O4Ae9en1qXXbf6AnqOvkVHE3Zy7MLgWzpl8orGSBhI-Jmn_4nSw/s200/fartura-+sobre+mangueiras+1.jpg" /></a></div><br />
Obrigada, Deus pelas mangueiras.Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-14989444471350211882011-05-07T00:10:00.002-05:002011-05-07T00:17:43.762-05:00Acordes que contribuíram para mudanças históricas no Brasil.Revisitando fases antigas da Música Popular Brasileira, dei de cara com o rico acervo criado na época dos festivais da antiga TV Record.<br />
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A onda musical se contrapunha aos desmandos do regime militar que tomaram conta do país entre os anos de 1964 a 1985. Esse Establishment instaurou no país a ausência de democracia, a supressão de direitos constitucionais, a censura, a perseguição política e a repressão feroz a quem se atrevesse a desvirtuar a ordem imposta.<br />
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A sociedade, porém, não se calou.<br />
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Aliado aos setores estudantis e de políticos de esquerda, a arte se manifestou contra aquele sistema. Na música, Caetano Veloso entrava em cena para dizer que era Proibido Proibir. Os festivais de música da Record jogavam flashs de luz em Geraldo Vandré, Chico Buarque de Holanda e outros e, inseria na mídia mais popular do país, a televisão, lenha para uma nova ideologia. Uma nova ordem.<br />
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Alinhada com movimentos sindicalistas e ajudada pelas comunidades eclesiais da Igreja Católica, a nação brasileira começava a assimilar a necessidade de reação contra a falta de liberdade popular.<br />
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O protesto chegava finalmente aos principais interessados: o povo.<br />
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Os cantores da época, sensíveis ao chamamento, trataram de disseminar as sonoras idéias. As pessoas cantavam e assimilavam. Caminhavam e cantavam uma nova canção...<br />
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Vandré, quando compôs “Pra não Dizer que Não Falei em Flores”, falava de revolução:<br />
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“Pelos campos a fome em grandes plantações,<br />
Pelas ruas marchando indecisos cordões...”<br />
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Naquela época, as artes, muito mais do que simplesmente entreter, eram responsáveis por formar opiniões, ideais políticos e até mesmo filosofias existenciais. A Tropicália e o Cinema Novo, por exemplo, foram assim...contraculturalmente apresentando um novo caminho a seguir.<br />
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Na militância política, a esquerda armada no Brasil também se organizou a partir do golpe militar de 1964, sob influências do socialismo revolucionário, que importou métodos empíricos usados pelos anarquistas espanhóis, portugueses e italianos, que fundaram, no início do século XX, os primeiros sindicatos do País.<br />
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O famoso escritor e poeta mineiro, Carlos Drumond de Andrade, perguntou E Agora, José? Embora a pergunta tivesse sido feita nos anos 40, na época da Segunda Guerra Mundial e da ditadura Vargas, Chico Buarque de Holanda trouxe a questão para o período dos “anos de chumbo”, e de novo perguntou. E Agora, José?<br />
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Sempre denunciando o abuso do poder político e econômico, Chico Buarque também falaria, em 1971, sobre os descasos para com o proletariado, principal força de trabalho nacional, quando um trabalhador morre na contramão atrapalhando o sábado. A música é “Construção”, composta por ele mesmo e é de caráter narrativo.<br />
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O protesto gritado por quase todos os setores sociais conduzem a uma época de abertura, em 1985, quando os militares começam a se retirar de cena.<br />
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O Brasil se volta ao planejamento anteriormente programado pelas multinacionais, antes do Golpe de 64, quando tentaram teleguiar o presidente eleito Janio Quadros. A manobra dá errado e Jânio renuncia logo após seu primeiro ano de mandato.<br />
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Entre mortos e feridos o Brasil segue pela via do capital. Grandes multinacionais aqui se instalam, geram empregos, as cidades crescem, se cosmopolizam.<br />
Por outro lado o jogo entre exploradores e explorados continua igual e o grito na boca dos críticos descontentes ensaia sempre novos versos.<br />
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Na contemporaneidade, vivo o presente dado por um anjo, chamado Gabriel o Pensador. Pra mim ele é um dos senhores do movimento. Querubim afiadíssimo a jogar “leite na cara dos caretas”.<br />
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O Hip Hop e suas vertentes são a mais literal tradução da fome social cosmopolita. O Pensador que o diga!<br />
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Partindo para a análise sem maiores pretensões da música “Até Quando”, podemos ver a nova cara do Brasil.<br />
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O artista, numa linguagem direta e de fácil interpretação, incita a juventude a novas ideologias e à ação.<br />
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Através de frases que começam com “Você pode, você deve, pode crer” ele nos convida a prosseguir e a dizer um sonoro “não” à ordem política e econômica dominantes.<br />
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Como crítico social alerta para males do tipo vícios, roubos, marginalização e passividade.<br />
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<iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/673zYtoWM_Y?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe>Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-62679822186046651152011-05-05T22:27:00.001-05:002011-05-05T22:27:19.915-05:00Trabalho, suor e fuligem<div style="margin: 0 0 10px 0; padding: 0; font-size: 0.8em; line-height: 1.6em;"><a href="http://www.flickr.com/photos/supericaro/5691309200/" title="Trabalho, suor e fuligem"><img src="http://farm6.static.flickr.com/5188/5691309200_37598dd99f.jpg" alt="Trabalho, suor e fuligem by Gleice-Icaro" /></a><br/><span style="margin: 0;"><a href="http://www.flickr.com/photos/supericaro/5691309200/">Trabalho, suor e fuligem</a>, a photo by <a href="http://www.flickr.com/photos/supericaro/">Gleice-Icaro</a> on Flickr.</span></div><p>Esta foto (amadora) integra meu ensaio fotográfico Pessoas em Atividade.</p>Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-74417295170740275442011-04-25T07:23:00.000-05:002011-04-25T07:24:03.008-05:00Clique no aquário e alimente os peixesGleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-25854786946545608272011-04-24T21:01:00.003-05:002011-04-24T21:09:54.793-05:00O rio..um banco e Win MertensTarde em Rio Branco<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie0f1cHS2htg4ZqR6W_SnfQeF8PgGEZAHjPOxWuBKjVjKRzvLff1nuGEsBGO_25iFiwBjWK04UIL_0o-yo3WMZl8aGxbWezsQO-LBDNunpUsf1P-AckY5GYbt25opsbqoy4DtbiEQp5g/s1600/DSC02211.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEie0f1cHS2htg4ZqR6W_SnfQeF8PgGEZAHjPOxWuBKjVjKRzvLff1nuGEsBGO_25iFiwBjWK04UIL_0o-yo3WMZl8aGxbWezsQO-LBDNunpUsf1P-AckY5GYbt25opsbqoy4DtbiEQp5g/s200/DSC02211.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5599335866373082322" /></a><br /><br /><br /><iframe width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/Ee-5nnFWfKU?fs=1" frameborder="0" allowFullScreen=""></iframe>Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-37144562446908397522011-04-24T20:26:00.009-05:002011-04-25T06:38:43.457-05:00Hotel CentralO tempo passa, irmão. E passa tão rápido, que quando vemos já estamos nos surpreendendo com lembranças de épocas há muito vividas.<br /><br />Fecho os olhos e vejo imagens de uma época mágica, ambientada no meu quarto de hotel onde passei minha infância e uma boa parte da minha adolescência.<br /><br />Alí eu vivi o etérico somado ao telúrico...Diante da janela do meu quarto havia um mar de telhados, dos mais diferentes tipos e modelos. A esse mar se unia o azul-escuro infinito das noites enluaradas.<br /><br />Junto comigo havia sempre o amigo de confabulação e companhia constante, meu cachorro Mike. Bastava dar um sinal da minha intenção de atravessar a janela e ir para o telhado, que Mike já se empertigava todo. O rabinho não parava de abanar.<br /><br />Dai em diante éramos nós e a lua cheia, que tecia sua teia de iluminação mágica e me envolvia naquele ritual de telhados e mil e uma noites.<br /><br />Me embriagava com os cheiros misteriosos da noite. Eles me remetiam a lembranças de não sei o quê... Até hoje não consegui nominar isso.<br /><br />É, o Hotel Central tinha suas histórias.<br /><br />Certa noite apareceu por lá um hóspede mensalista. Era topógrafo e vinha carregando em sua bagagem um aparelho cujo nome era teodolito, usado para medir distâncias. Quem conhece o aparelho sabe que ele funciona como um binóculo dos bons. Não demorou muito para eu, na altura dos meus 12, 13 anos, começar a bolar um jeito de “emprestar” o teodolito do Walace e levá-lo para minha janela. Assim eu poderia chegar mais perto da lua, ver detalhes das estrelas, das constelações, enfim...<br /> <br />Plano pensado, plano executado. Não demorei nadinha para saber que o mais novo hóspede do Hotel Central saía todas as noites para namorar. Chegava bem tarde e às vezes nem chegava. Só no dia seguinte.<br /><br />Com a vantagem de ser filha do proprietário, furtivamente a chave mestra dos apartamentos ia para as minhas mãos sempre que queria um pic-nic noturno e assim aconteceu, durante meses.<br /><br />Wallace saía, as pessoas iam dormir e o teodolito trocava de endereço. Ia parar no apartamento 11 do Hotel Central e virar parte ativa de mais uma noite mágica entre telhados, lua cheia contemplada em todos os detalhes até onde as poderosas lentes do teodolito alcançavam e meu cachorro Mike, louco pelas descobertas de mais uma noite cheirada e buscada nos telhados mais distantes onde ele pudesse explorar.<br /><br />Daquela janela o mundo era bem mais fácil de entender. O silêncio da noite remetia à sensação de que havia uma grande concordância. Ninguém achava isso ou aquilo. Tudo estava em paz, seguindo sua ordem.<br /> <br />Depois de ficar ali bastante tempo naquele transe misto de harmonia e bem estar, vinha Mike todo feliz da sua caçada noturna. Nossos corpos davam sinais de que queriam dormir. Era chegada a hora de devolver o teodolito.<br /> <br />Devagar abria a porta do meu quarto e ia ver se Walace havia chegado. Affff, graças a Deus que não. Devolvia o equipamento e voltava pra dormir.<br /> <br />No dia seguinte a vida seguia igual. Batalhões de meninas usavam a "Melissa" da moda, a roupa da hora e os meninos com seus comportamentos de sempre.<br /><br />Minha vida noturna era bem melhor que a vida de adolescente!<br /><br /> <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpGE4Gm8RBPuJg9vOTi-vMFm8bWg6oQsyeFhcJbbuAhn2V4ItDUGjwnZOS9m7T5bfJZ9DPEZkNzvB0UpVOc7zczuh5TMhN2QEFXxTPfjOb7JVpzAyDt8_k03j9sleYPZvz_oyI8hM-hA/s1600/separador-de-texto-small+2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 188px; height: 25px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpGE4Gm8RBPuJg9vOTi-vMFm8bWg6oQsyeFhcJbbuAhn2V4ItDUGjwnZOS9m7T5bfJZ9DPEZkNzvB0UpVOc7zczuh5TMhN2QEFXxTPfjOb7JVpzAyDt8_k03j9sleYPZvz_oyI8hM-hA/s200/separador-de-texto-small+2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5599328478156109794" /></a>Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-51592107731914201662011-04-24T20:07:00.010-05:002011-04-25T07:17:20.923-05:00Hotel Central IIEra quase 1 da madrugada e qualquer um daria um segundo de sua vida para saber o que aquela garota fazia tão sozinha, deitada naquele telhado. A luz lunar naquele ambiente refletia uma imagem inusitada: um mar de telhados, uma garota branquíssima de longos cabelos negros e, pasmem! Um cão. Acho que o cachorro era dela, não sei. Só pode! Fiquei pensando que paradoxalmente àquele único sinal de vida que se banhava na luz lunar vinda do céu e refletida no telhado, a cidade dormia e nem via o que acontecia.<br /><br />Penso assim por que adolescentes são seres sociáveis mas que ainda vivem sob as regras dos pais. Chegam em casa sem passar das 10 e suas vidas têm hábitos e horários convencionais.<br /><br />Bom, quis ficar mais na minha posição, ali meio que distante, sendo, certamente, a única testemunha daquela cena. Havia também uma música que vinha de um rádio lá, colocado no parapeito da janela aberta. Devia ser o apartamento da garota, afinal, a menina tinha que vir de algum lugar, não? Ninguém aparece simplesmente em um telhado, na madrugada, tão distante de casa. A garota poderia muito bem ser uma hóspede ou filha do proprietário do Hotel Central.<br /><br />O cãozinho parecia se sentir bastante familiarizado com o lugar. Num instante ele corria por um monte de telhados de diferentes modelos.<br /> <br />Cheirava aqui e acolá e de vez em quando ele parava, meio que tipo esperançoso de encontrar ...um gato, talvez? Sei lá.<br /><br />A garota tira um objeto arredondando como uma cabeça, de dentro de um saco branco. Ajeitou aquilo e depois se pôs a olhar como fazemos quando olhamos o espaço através de um telescópio. Assim ela ficou um bom tempo. Depois, como que preocupada em saber onde estava seu pupilo, ela chama: Mike!<br /> <br />O bichinho veio que nem foguete. Quando chegou perto da menina, fez umas gracinhas. Deu-lhe uma simpática lambida nas mãos e voltou, todo empertigado, querendo mais emoções naquela superfície estranha.<br /><br />A noite estava agradável. Perfumada, como só as noites de lua cheia são.<br /><br />Próximo dali, na praça da cidade ficava a igreja com sua torre imponente e nela havia um relógio daqueles antigos, que mostrava as idas da madrugada alta.<br /><br />A lua já iniciava seu arco descendente, típico das duas horas.<br /> <br />_ Amanhã, ou melhor, hoje, vou precisar sair pra resolver umas coisas. Mas não consigo desgrudar desse telhado. Preciso ver o que vai acontecer.<br /><br />A garota continuava lá, de olhos bem abertos, fitando o céu e parecendo querer descobrir o mistério das estrelas e de seu Pai. Que delírios seriam esses? Quais eram suas emoções, considerações? Por que ali? E numa hora daquela? <br /><br />Nem bem terminei de considerar minhas curiosidades e a mocinha foi se levantando. Fiquei apreensivo com a possibilidade dela escorregar, cair dali, ou mesmo de o aparelho rolar telhado abaixo.<br /><br />Mas nada disso aconteceu. Ela, com um tipo que dominava os mistérios do telhado, deu um ligeiro e baixo assovio e o cachorrinho veio, com a língua de fora, denunciando o cansaço de tanto brincar.<br /><br />Os dois foram caminhando em direção à janela e do rádio vinha a canção "Strawberry Fields Forever", dos Beatles.<br />Na seqüência, o Big Boy, da Mundial, anunciava que a programação ia chegando ao fim.<br /> <br />"Fim do programa, baby"!!!!!<br /><br />No dia seguinte, ainda encafifado com a cena da madrugada, sai pra resolver minhas coisas. Sabia que ia ser um dia cheio e que provavelmente tão cedo não iria chegar em casa. <br /><br />Quando foi tipo 4 da tarde, qual não foi minha surpresa ao reencontrar a garota do telhado. Desta vez, sentada no banco da praça, como é tão comum em cidades do interior. O cachorrinho também estava lá.<br /><br />Interessante pensar na solidão daquela menina na cena do telhado e observar que agora também ela se mantinha isolada. Em volta havia dezenas de adolescentes. Elas todas muito arrumadinhas e, detalhe: usavam uma sandália muito parecida. Os rapazes também possuíam um estereótipo comum e o assunto deles me pareceu tão enfadonho quanto uma tarde de serviço pesado depois de almoçar uma feijoada.<br /><br />Vi que a menina carregava consigo um livro pra lá de amarrotado, desses de edição barata, comprado em bancas de revista.<br /><br />De repente ela se ajeita pra começar a ler. O título era "Sidarta", de Hermann Hesse.<br />Saí dali mais ou menos entendendo aquela situação. À noite, eu no meu quarto alugado a preços módicos para viajantes, fui para a minha janela e fiquei alí, à meia luz, à espera da garota. Ela não apareceu.<br /> <br />No dia seguinte, depois de fazer a praça, esquentei o motor do meu fusca e fui vender noutra freguesia.<br /><br /> <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpLd00qnIOTVQb25fRL-Bbe7exlcUTpsi8IksUo4A3K-9rRqeCSkJinUDYSyFF97RM5eQc3EQHQqBQcew4kwBkFHjddUEux4ZrF1-Pi5j9WCdJdkF1eIxE_Zlt4WW09DN5uYp9Ye6_bA/s1600/separador-de-texto-small+2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 188px; height: 25px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpLd00qnIOTVQb25fRL-Bbe7exlcUTpsi8IksUo4A3K-9rRqeCSkJinUDYSyFF97RM5eQc3EQHQqBQcew4kwBkFHjddUEux4ZrF1-Pi5j9WCdJdkF1eIxE_Zlt4WW09DN5uYp9Ye6_bA/s200/separador-de-texto-small+2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5599330590204227602" /></a>Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-50890809197065972622011-04-24T20:00:00.001-05:002011-04-25T07:22:21.612-05:00Sobre peixes e gatos de ruaEu fico na ânsia de te contar sobre as coisas que aprendi ao navegar por outros mares. Tenho vontade de te mostrar o que sempre foi só meu. Queria que você fosse comigo aos lugares que eu amo e onde enterrei alguns segredos. Queria te levar até o meu esconderijo e queria te mostrar um casal de peixes – grandes e coloridos – que só existem em um lago do mundo e eu faço de conta que só eu sei onde ele fica.<br /><br />Queria te falar das minhas manias e ver você rindo...sorrindo...complacente.<br /><br />Te mostraria também meu gato Perhan e nos hipnotizaríamos com o azul intenso dos seus olhos.<br /><br />Nas tardes de domingo, seríamos nós, gatos, redes, livros e sons.<br /><br />Queria levar você até uma trilha que eu descobri e que conduz até o lugar mais bonito que existe e faço de conta que só eu botei os pés lá.<br /><br />Queria mais uns instantes com você até aprender a transformar a mais ínfima porção do tempo numa eternidade incomensurável.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyCRnACqW28L73oyFM-bR32z2x39YLUaDQ-V6B6KE8RlTSQcEj0opBhsH06Ic8vndNNEGZky5Dnw7E3c8oG9dCjats2qOPmeig4nUjL16FP10JoIQ4KXe9UAC6QiTZ_UR87Zobs2xE-g/s1600/varanda+azul+2+desire.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 133px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyCRnACqW28L73oyFM-bR32z2x39YLUaDQ-V6B6KE8RlTSQcEj0opBhsH06Ic8vndNNEGZky5Dnw7E3c8oG9dCjats2qOPmeig4nUjL16FP10JoIQ4KXe9UAC6QiTZ_UR87Zobs2xE-g/s200/varanda+azul+2+desire.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5599305055584973106" /></a>Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-51314823470423747322011-04-20T22:17:00.000-05:002011-04-24T20:02:59.238-05:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghDB0taV9ioAc9ibeHiqNxd_-vYFq7UB99eCiFfBvIWnTeI2566RxGOv40MAHe-cfAOaYrcfqXoW-q1ibUnhn_BSxid6L0rfJBTt8B0OZAIfcsZ5SOJ6VNq8VTuOTDtkhi2ZOB1jwLDg/s1600/aves+em+movimento.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 134px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghDB0taV9ioAc9ibeHiqNxd_-vYFq7UB99eCiFfBvIWnTeI2566RxGOv40MAHe-cfAOaYrcfqXoW-q1ibUnhn_BSxid6L0rfJBTt8B0OZAIfcsZ5SOJ6VNq8VTuOTDtkhi2ZOB1jwLDg/s200/aves+em+movimento.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5599316351925967602" /></a><br /><br />Se perdem gestos, cartas de amor, malas, parentes<br />Se perdem vozes, cidades, países, amigos<br />Romances perdidos, objetos perdidos, histórias se perdem.<br /><br />Se perde o que fomos e o que queríamos ser.<br />Se perde o momento, mas não existe perda, existe movimento.<br /><br />(Poema de Sombra_ escrito por Bruna Lombardi e faz parte do filme “O Signo da Cidade”)Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-4558343450038619382010-08-13T01:38:00.000-05:002010-08-13T01:39:03.294-05:00UMA SEXTA DE PAZ PRA VOCÊGleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-56394271717354784832010-08-13T00:35:00.003-05:002010-08-16T23:37:39.686-05:00<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxi80ftrx-vbPdwiJDhO4jD4hDDqRm5e9Wbp03gIssvt3cJYJTF609k4Bq_9oAK-jiZJsLaiVAyoTNBB4lY' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe>Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-55187631836849781272010-08-12T22:27:00.009-05:002010-08-13T00:11:49.898-05:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAYwo1OFt7Lm_6gH9f4vqlmngAbvtP_TcbpiXBjgYsq6NUGASYQuv8PnsmIQc_-X3FEJQROqrGHioM0ciJdzYAKaV-yqsBON9OBbjNyFwGffLpPAJMn6ws__EPJlaqgCsscF8NlOyltA/s1600/wicca+-+ciclos+da+vida.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 318px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAYwo1OFt7Lm_6gH9f4vqlmngAbvtP_TcbpiXBjgYsq6NUGASYQuv8PnsmIQc_-X3FEJQROqrGHioM0ciJdzYAKaV-yqsBON9OBbjNyFwGffLpPAJMn6ws__EPJlaqgCsscF8NlOyltA/s400/wicca+-+ciclos+da+vida.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5504757018994642642" /></a> <br /><br />Apesar da cortina de fumaça fedorenta e incomensurável que paira no céu amazônico, sinto o cheiro da magia que pulsa com a chegada desta sexta-feira, 13 de agosto de 2010. A lua, com apenas um fino arco, trata de dar o retoque mágico no astral e eu aqui fico numa espécie de transe. Sentindo saudade de momentos lindos que aconteceram em algum lugar, muito distante, da minha existência. Não sei como tudo se perdeu mas sei que o tempo é inexorável. Devora tudo, ou melhor, quase tudo porque não devorou lembranças embutidas no DNA.<br /><br />Hoje e as lembranças mais contidas! <br /><br />Saudade de um mundo antigo, repleto de mistérios, lendas, mitos e testemunhos artísticos e arquitetônicos das civilizações perdidas. Tudo envolto nas brumas da ancestralidade. E eu estou lá agora, sentindo os rituais pagãos que esses ilustres antigos comemoravam. Magos, sacerdotisas e toda aquela gente. Sempre ao sabor da "luz".<br /><br />Presto minha homenagem às deusas da fertilidade, Hécade, Artemis, Deméter e a todas as demais senhoras wiccas. Eu e meu gato Perhan, mandamos um abraço.<br /><br />Ah, para os superticiosos de plantão, uma dica para celebrar a sexta, 13 de agosto:<br /><br />Pressionar um pouco de pó de canela entre as palmas das mãos logo cedo e deixar até ser necessário lavar as mãos, para a boa sorte.<br /><br />Lave bem uma folha de louro e mastigue algumas vezes, trará proteção e afastará a má vontade.<br /><br />E acenda incensos neste dia, ajudam a elevar a força interior e traz paz no coração.<br /><br />E lógico, pensamento positivo sempre, não é!<br /><br />Felizes dias 13 em sua vida!<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9XBbxK-Z0EEu_PQBr4BHh80S5pWQHmGz_KZkYeVevRWLHctUm4Ucrn82F0EM_GsEkDUakL30BWkESm770K2qzYdW1TFY3_RxBTYHfQYa5jKbbvQBDIV5YhIV1NMikYOWc1evXKS21rg/s1600/caldeir%C3%A3o+de+Ceridwen.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 390px; height: 294px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9XBbxK-Z0EEu_PQBr4BHh80S5pWQHmGz_KZkYeVevRWLHctUm4Ucrn82F0EM_GsEkDUakL30BWkESm770K2qzYdW1TFY3_RxBTYHfQYa5jKbbvQBDIV5YhIV1NMikYOWc1evXKS21rg/s400/caldeir%C3%A3o+de+Ceridwen.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5504748595479391714" /></a>Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-69743972652108486012010-08-09T23:35:00.007-05:002011-04-24T19:31:46.709-05:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://img222.imageshack.us/img222/5122/3716759805b176e7d0o.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 600px; height: 443px;" src="http://img222.imageshack.us/img222/5122/3716759805b176e7d0o.jpg" border="0" alt="" /></a>Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-46898428508872441762009-10-22T07:35:00.005-05:002009-10-22T08:13:58.321-05:00TEJO BARQuem lembra do Jorge Carlos? artista plástico que morou em Rio Branco na década de 80? Ele tinha uma técnica interessante de usar café para pintar seus quadros.<br /> <br />Geralmente, era o próprio J. Carlos quem criava todas as etapas de suas obras. Da moldura, passando pelo papel maché ( ele usava na época ) até a tinta. Conheci o J. Carlos na fase em que ele usava café no lugar de tintas convencionais. Partilhamos boas conversas em meu bar, o Absynto. Certo dia ele me perguntou por que o nome Absynto e eu disse então que era uma homenagem ao artista que admiro muito e do qual sou grande fã, Vincent Van Gogh. Absynto era sua bebida preferida.<br /><br />Naquele dia conversamos muito sobre iluminação, cores e a magia da utilização do branco na tela. Bom, passado algum tempo o J. Carlos chega no Absynto com uma tela (em café sobre maché) com uma pintura que reproduzia o auto-retrato de Van Gogh. Era um presente pra mim. Noooooooossa adoooorei aquilo!<br /><br />Fomos logo colocando o quadro na parede e me veio um insight de que aquela pintura alí iria exercer a função de guardião do bar. <br /><br />Passados alguns dias, os olhos de Van Gogh, que antes fitavam monótonamente o ambiente, parece que criaram vida. De todos os ângulos que a gente olhava pra ele, tínhamos a sensação de feedback. Aquele olhar retornava pra gente. Incrível! Tem mais: sabe de quem eram os olhos desse Van Gogh? do queridíssimo Beto Rocha.<br /><br />Estou falando isso tudo pra dizer que depois do Acre o Jorge Carlos ganhou mundo e mora há alguns anos em Portugal. O amigo Reginaldo Castela me mandou recentemente um link com um vídeo no You tube que mostra o Tejo Bar- do Jorge Carlos, em Lisboa.<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/xRSzea69G0M&hl=pt-br&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/xRSzea69G0M&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Catei isso no blog http://coiso.wordpress.com/2006/12/18/tejo-bar/<br /><br />Não sei se se lembram, mas há uns tempos para cá escrevi um post sobre as Jam Sessions e na altura pus um vídeo de um bar chamado Tejo Bar. Agora, após uma visitinha, posso dar a minha opinião sobre o bar.<br /><br />Pois bem, o Tejo Bar é um bar situado no coração de Lisboa, mais concretamente, em Alfama. Uma porta normal, como de qualquer casa, com apenas um letreiro a dizer Tejo Bar, leva-nos a uma “sala” minúscula com 10 mesas (aproximadamente) e cheia de fumo. Á primeira vista poderá mesmo parecer um género de tasco ou coisa parecida, mas, depois de estar lá um bocado, reparamos que é muito, mas muito diferente de um tasco. É como se fosse uma pequena sala de convívio. Tem posters, discos, fotos, entre outras coisas, penduradas nas paredes. Tem 3 guitarras pousadas, um órgão, um baixo, que qualquer pessoa pode pegar, mesmo sem saber tocar, e começar a dedilhar.<br /><br /><br />Pois bem, para confirmar isso que me tinham dito, peguei numa guitarra para dar uns toques apesar de saber pouco. Não imaginava eu que, passados 2 minutos, ia ter um piano a acompanhar-me e pessoas a cantar. Foi simplesmente genial, o homem que me acompanhava tem, de longe, o melhor dom que já vi. Eu começei a tocar uns acordes que formavam uma música que fiz, completamente desconhecida, mas ele, depois de tocar uma vez a música, começou a acompanhar-me, perfeitamente! Enquanto eu por vezes me enganava, ele não, nunca se enganava, era como se conhecesse a música. Entretanto tinham chegado outras pessoas que pegaram nas guitarras e começaram a tocar músicas brasileiras, Bossanova e MPB. Podiam nem se conhecer mas tocavam juntos como se fossem uma banda. Toda a gente no bar a cantar músicas como, Águas de Março, afinados. Depois tocaram Stand By Me e aí então nem vale a pena dizer nada, toda a gente simplesmente cantava e eles tocavam. Lindo… Depois começaram os jogos de cartas e xadrez entre todos. Ninguém era o melhor ali, toda a gente podia ganhar e toda a gente podia perder. Basicamente, entramos no bar era meia noite e pouco (não me lembro bem) e saímos ás 5 da manhã. Devem ter sido as 5 horas mais bem passadas e rápidas de toda a minha vida. Para quem gosta do ambiente é obrigatório ir. E, é preciso dizer que, não chegou a acontecer a que todos dizem ser, a melhor parte da noite, onde um senhor pega numa guitarra e começa a tocar e toda a gente a cantar uma música esquisita e a declamar poemas. Tive pena de não poder assistir a isso mas ficará para uma próxima, certamente.Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-75425451408923081262009-10-17T19:33:00.000-05:002009-10-17T19:33:44.865-05:00Voto Nulo Anula Eleição? | blog.votonulo.org<a href="http://blog.votonulo.org/2009/10/voto-nulo-anula-eleicao.html#comment-form">Voto Nulo Anula Eleição? | blog.votonulo.org</a>Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-48808772739376876642009-10-15T21:19:00.020-05:002009-10-23T15:49:39.187-05:00CARTAS - Conferência Livre sobre Comunicação - AcEsse encontro foi mais 1 de quase uma centena que vão acontecer por conta da Conferência Nacional de Comunicação. Estavam lá o Altino Machado, que falou muito sobre SEU blog, o Gerson Albuquerque(de História da Ufac- achei que ele teve muita iniciativa com a aquela história da rádio Filha da Muda- mas não evoluiu sobre o foco da Conferência. Tinha tbm um professor (muito chato!) que veio da Bahia e um outro palestrante - parece que ele é da revista Carta Capital.<br />Esse rapaz até mandou bem na fala. impressionou a platéia, que o aplaudiu calorosamente.<br /><br />Dele, eu fiquei com uma impressão muito forte que veio ao Acre, buscar apoio para as defesas do seu setor na Conferência Nacional- tipo conseguir a adesão do Acre para suas propostas.<br /><br />Chegou até dizer que se conseguirmos eleger seis ou sete questões na Conferência Nacional, já estaria de bom tamanho. <br /><br />Seriam coisas do tipo: Discriminalização das rádios comunitárias ( acho que ele quer, entre outras coisas, o direito de rádios comunitárias passarem a vender publicidade, sinalização, transmissores e essas coisas - que podem ser legais caso não sejam feitas espertamente; banda larga pra todo mundo (meio piegas) entre outras coisas. <br /><br />Cá com meus botões, fiquei matutando... Gente, o momento é de buscar coisas que estão confusas, sem leis.<br /><br />Na qualidade de consumidora, me sinto muito desamparada em relação à banda larga, internet, provedor e Tvs públicas. Como estudante de Jornalismo da UFAC, gostaria de elementos mais utilitários de laboratório, como uma rádio comunitária ou mesmo uma rádio convencional operando lá mesmo no Campus.<br /><br />Desejo profundamente que o Acre leve propostas reais de interesse público para essa conferência. Sinto uma pena muito grande por as prévias desse Estado estarem sendo realizadas por uma pessoa intimamente ligada ao governo e que possui um esteriótipo público de censor ( quem diria, heim???- é por essas e outras, que acho que o poder corrompe).<br /><br />Fico aqui nessa minha trincheira high tech mirando o alvo de uma internet que preste, acima de tudo com uma banda larga autêntica, honesta, que respeite o consumidor. QUERO uma internet de qualidade, com fiscalização e legislação específica. <br /><br />QUERO ter direito a uma banda larga honesta. Tô cansada de comprar um mega e ter no máximo 300 KBPSs e essa conversa de provedor??????? isso pra mim é coisa que não me convence mesmo!<br /><br />Se já pagamos por uma telefonia cara e sem qualidade e uma banda larga ídem, por que ainda temos que pagar um provedor????????<br /><br />QUERO ainda que as operadoras de telefonia, fixa e móvel, respeitem mais o consumidor.<br /><br />QUERO ter direito a baixar meus downloads. Download é cultura!!!!! Vivo numa época de informação então..... QUERO que ter direito a ela e ponto final<br /><br />Também sou a favor de uma grande movimentação na net pra derrubar, extinguir, minar, acabar com o projeto de lei do sen Azeredo(sen.? - por isso é que meu voto é no zero)))))))<br /><br />Eu quero saber onde está minha tribo? Para a Conferência, eu levanto a bandeira de uma net beleza e totalmente democrática.<br /><br />Sei que a proposta dessa Conferência Nacional de Comunicação - Confecom, foi uma das bandeiras do Lula e do PT e que está saindo só agora, quase no apagar das luzes do seu governo - por que, será?. O Acre, se não me engano, é um dos últimos- senão o último Estado a realizar a prévia da conferência nacional! <br /><br />Também se essa etapa não acontecesse aqui, em pleno governo da Frente Popular, ia dar muito pano pra manga, não acham???<br /><br />Bem, estamos lá! Vamos dar nosso recado. Espero muito que o resultado de tudo isso seja algo de bom e útil à sociedade.<br /><br />Não podemos esquecer daquele Projeto de Lei horroroso do senador Eduardo Azeredo, que quer estabelecer uma lei para o que ele chama de cybercrimes.<br /><br />EM DEFESA DA LIBERDADE E DO PROGRESSO DO CONHECIMENTO NA INTERNET BRASILEIRA!!!!!!<br /><br />Chegou a hora de minar/ extinguir/ acabar com o PL desse senhor (ele atua mesmo em defesa de quem?????????????????Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-80436977571752606262009-10-14T22:39:00.004-05:002009-10-14T22:51:50.677-05:00FILHA DA MUDAA conversa sobre a rádio para o campus da UFAC vem engrossando o caldo. Primeiro, porque fiquei sabendo por intermédio da coordenadora do Deptº de Jornalismo, Aleta Dreves que já há um processo de rádio livre em andamento e também um outro projeto para rádio via web, em sistema streaming. <br /><br />Acho que breve poderemos nos divertir nas ondas da rádio FILHA DA MUDA (nome escolhido pelas pessoas que já estão à frente dessa empreitada).Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-13266267984456616522009-10-12T17:33:00.000-05:002009-10-12T17:34:14.203-05:00STOP MOTION<object width="400" height="320"><param name="allowfullscreen" value="true" /><param name="allowscriptaccess" value="always" /><param name="movie" value="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=6605263&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1" /><embed src="http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=6605263&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always" width="400" height="320"></embed></object><p><a href="http://vimeo.com/6605263">VIDEOGIOCO by Donato Sansone</a> from <a href="http://vimeo.com/enricoascoli">Enrico Ascoli - Sound Design</a> on <a href="http://vimeo.com">Vimeo</a>.</p>Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-69761050399997419072009-10-12T11:50:00.001-05:002009-10-12T17:24:32.893-05:00“Pérolas aos porcos” é expressão depreciativa. Exceto no Planalto, onde os porcos adoram pérolas.<br />(twittada do Millôr Fernandes)Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-76307601544889875402009-10-11T10:30:00.000-05:002009-10-11T10:37:24.872-05:00O que estou ouvindo<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/VqiMHkZWDn4&hl=pt-br&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/VqiMHkZWDn4&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-41281889072376533812009-10-10T12:17:00.002-05:002009-10-10T12:21:06.657-05:00TRIBUNA PÚBLICAA partir de agora esta é uma tribuna pública, portanto, sem censuras. Quem quiser participar e dar seu alô, é só entrar em contato. ABAIXO A PERSONALIDADE DE MUSGO, QUE, DIGA-SE DE PASSAGEM, NUNCA FOI MINHA PRAIA.Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-47410904892306043042009-10-09T23:18:00.005-05:002009-10-21T22:21:29.642-05:00Bem que minha personalidade poderia ter um quê de timidez underground. Gostaria de ser pra dentro. Nunca pra fora! gostaria de ter uma personalidade de musgo. Quietinho.... na dele..... sempre em casa e fazendo de tudo para não chamar a atenção. Viver no ostracismo. Me afogar no ostracismo.<br /><br />Acho que quero uma corda de letras para me puxar pro meu canto e JAMAIS pronunciar palavras.....sempre que ao menos ousasse pensar nisso, a corda de letras se abriria como um varal e frases do tipo "fica na sua" ou então "quieta!" se abririam na minha frente, mostrando o caminho a seguir. Ou a NÃO seguir.<br /><br />Enfim, ô personalidade rebelde. Falei! disse o que queria e até me senti um pouco aliviada por isso. Entretanto, choquei.<br /><br />Fazer o quê? agora, vamos enfrentar os batalhões, os alemães e seus canhões.Gleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-84982105499629869892009-10-09T23:16:00.000-05:002009-10-09T23:17:01.218-05:00Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda. Amanhã velho será, velho será, velho seráGleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-62662128793403947.post-34864163687039121312009-10-03T16:43:00.002-05:002009-10-04T01:07:46.421-05:00RevolutionAchei que vale d+ postar esse vídeo com seus dados e estatísticas. Mostra muito bem essa coisa da "mídia da hora" e abre uma perspectiva para uma visão da "mídia do futuro". <br /><br /><object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/9-HHiHzL-cI&hl=pt-br&fs=1&"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/9-HHiHzL-cI&hl=pt-br&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object><br /><br />Caso não consiga ver o video legal aqui no senadinho, puxe ele num link externo do youtubeGleice Rezendehttp://www.blogger.com/profile/15803366485077946791noreply@blogger.com0