terça-feira, 15 de setembro de 2009

ASILO EXISTENCIAL

Tô pra pedir férias em algum planetinha legal, tipo daqueles que tinha no livro do Pequeno Príncipe, onde a gente vivia uma estória que no final sempre tinha uma moral.Só que a moral que eu quero é aquela nada real, sabe?

Ando querendo um asilo existencial onde a gente possa brincar mais com as coisas da vida. Um lugar onde se possa pegar em alguma árvore tudo que precisar. Dinheiro? isso é coisa que não existe por lá.

Outra coisa. No meu planeta não teria um sol assim tão próximo com é o nosso.
Assim, os dias seriam amenos, ventilados e perfumados. O aroma viria, provavelmente, de um farto pomar das redondezas.

Passaria os dias a meditar - sem nenhum pensamento a me incomodar. _ Affffff, acho que essa aí meu psicólogo iria gostar. Nada de neuroses nem psicoses!

Realmente esse mundo real anda me f.... a vida. A média vivência da fase dos "enta" 40, 50 é um tumulto só. Outro dia, agora falando na vida real, estava numa TPM de lascar o cano, quando no trânsito, chamei prá briga um negão de uns dois metros de altura. Dei graças a Deus, depois, por ele não ter aceito a provocação.

Tem coisas que são difíceis de aceitar, principalmente quando já não se tem mais tanta paciência com as coisas do cotidiano. Essa semana mesmo saí para visitar o espaço que um amigo está preparando, com o maior carinho, para montar sua loja.

Quando chego lá meu amigo não estava. mas estavam os pedreiros e pintores que ainda trabalhavam na reforma do ponto. Tava um espetáculo! tudo limpinho, pintadinho e tal, aí entram dois rapazes que foram esperar meu amigo. Um deles começou a conversar e logo tacou o pézão na parede ( que tinha acabado de ser pintada).

Fiquei pensando se pedia a ele para tirar o pé dali mas achei que seria uma atitude antipática e então resolvi dar um tempo. Quem sabe o tal rapaz se mancasse.... mas ele não se mancou! largou lá a marca de seu sapato numa parece recém pintada.

É tipo aquela história de ambientes com ar condicionado, que as pessoas passam e sabem que precisam fechar direitinho a porta, mas não o fazem.

As vezes fico pensando que isso é uma questão cultural. Quantas vezes vi crianças, ao lado de seus pais, comerem uma banana ou chupar um bombom e jogarem no chão a casca ou o papel. Nunca vi nenhum deles chamar a atenção da criança e explicar que lugar de lixo, é no lixo!

Agora, temos que aguentar as queimadas rurais e urbanas. O fogo que vem de uma pequena propriedade de produtores rurais a gente até procura entender. Mas as queimadas urbanas, minhanó!!!!!! realmente não dá!

O depósito do lixo está na frente da casa do cidadão. Mas ele faz questão de limpar seu quintal e tacar fogo todas as tardes. alí, além de mato, pau e restos orgânicos, vão também as garrafas pet, sacos de lixo, latas de alumínio e por aí vai. O fogo vai queimando aquilo tudo e a gente tem que respírar aquele ar fétido e poluído. Haja Cubatão em Rio Branco.

Mas gostaria que não fosse assim. Meu planetinha Rio Branco bem que poderia ser um patropi ideal. Meus "enta" também poderiam ser bem mais frutíferos se não tivesse que matar uns leões à unha quase todos os dias. As queimadas poderiam dar o fora e nunca mais acontecerem. Assim, o clima seria mais ameno, os dias perfumados e todos viveriam felizes

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